27 de junho, 2022

Saiba como as terapias digitais ajudam no cuidado de pacientes crônicos e contribuem para a prevenção de complicações
Os números reforçam a preocupação com o acompanhamento de pacientes com doenças crônicas. Só em 2019, 730 mil pessoas morreram no Brasil em decorrência das chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Desse total, 41% morreram de forma prematura (aproximadamente 300 mil pessoas). Com isso, ao todo, naquele ano, 54% dos óbitos registrados foram causados pelas consequências de enfermidades crônicas.
Ou seja, o problema é grande. Por isso, fortalecer a forma como esses pacientes recebem atenção é fundamental para mitigar os desdobramentos causados pelas doenças crônicas, bem como para garantir uma maior qualidade de vida a essas pessoas. Felizmente, várias estratégias e soluções podem ser empregadas para alcançar esse objetivo.
A importância do acompanhamento de pacientes com doenças crônicas
Doenças crônicas englobam um conjunto de condições caracterizadas por sua progressão gradual, muitas vezes silenciosa, com causas variadas e de prognóstico geralmente incerto no longo prazo. Entre as enfermidades crônicas mais comuns estão as doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias e diabetes.
Essas doenças crônicas exigem uma série de intervenções pensadas de forma integral. Com isso, elas incluem terapias farmacológicas e mudanças nos hábitos de vida, incluindo principalmente alterações na dieta e a prática de exercícios físicos de maneira regular. Ademais, é preciso garantir o acesso constante a profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros.
Em todo o caso, é importante que as recomendações sejam seguidas com disciplina, mesmo nos períodos em que a doença pareça controlada e não manifeste nenhum sintoma. Não é raro que a adesão ao tratamento caia nos momentos em que a enfermidade está adormecida, elevando a chance de complicações.
Os principais benefícios desse acompanhamento
Por falar em complicações, as doenças crônicas estão relacionadas a um grande número de morbidades. E isso só aumenta quando o acompanhamento adequado não é feito da forma esperada.
Assim, doenças crônicas se tornam responsáveis por um grande volume de internações, além de causar uma série de ocorrências devido a complicações oriundas do descontrole do quadro.
Entretanto, não é apenas para o indivíduo que precisa lidar com os problemas ocasionados pelas doenças como um todo que isso é problemático. A sociedade e os sistemas de saúde como um todo precisam arcar com os custos diretos e indiretos da falta de tratamento apropriado para essas doenças.
Essas enfermidades costumam aparecer no topo da lista de maiores despesas de sistemas público e privado de saúde. Além disso, elas prejudicam a produtividade reduzindo a população economicamente ativa e elevam indicadores de absenteísmo e presenteísmo.
Leia mais: Quais os custos das doenças crônicas para os sistemas de saúde?
O papel das terapias digitais nesse contexto

Em tal cenário, novas soluções que ampliam a adesão ao tratamento e facilitam o controle dos indicadores da doença são bem-vindas. E esse é justamente o objetivo das terapias digitais (DTx).
As chamadas terapias digitais disponibilizam aos pacientes intervenções terapêuticas a partir de softwares de alta qualidade desenvolvidos para tratar, gerenciar ou prevenir uma doença ou distúrbio. Tudo isso é feito com o respaldo de estudos clínicos que confirmam a eficácia e a segurança desses produtos.
Diante disso, as terapias digitais podem ser utilizadas de maneira independente ou combinadas com medicamentos, dispositivos médicos ou quaisquer outras formas de terapia, ampliando a chance de bons resultados.
Para pessoas com diabetes, por exemplo, as terapias digitais podem fortalecer o acompanhamento adequado por meio da constante medição do nível glicêmico e do envio dessas informações para profissionais de saúde que acompanham o quadro do paciente. Com isso, é possível acompanhar a evolução das doenças e ajustar a conduta adotada.
Tudo isso favorece a mudança de hábitos e ajuda na promoção de uma maior qualidade de vida. Portanto, para quem gere e financia sistema de saúde, isso se reflete em menores custos decorrentes das complicações de doenças crônicas, o que faz com que todos obtenham benefícios.
Logo, o acompanhamento de pacientes crônicos, ainda que represente um desafio, tem muito a ganhar com uma série de tecnologias. Elas reduzirão o impacto dessas enfermidades sobre a qualidade de vida e sobre a sociedade como um todo.
Aproveite e saiba agora quais os efeitos das terapias digitais em pacientes com diabetes.
>>>REFERÊNCIAS:
Ministério da Saúde. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias. Brasilia, 2013. Disponível em: Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias (saude.gov.br).